FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Na tarde da última terça-feira (24), fui surpreendida com a triste notícia sobre a morte de Jesse Koz e seu cachorrinho, o Shurastey. Juntos, eles traçavam uma aventura, desde 2017, viajando pela a América rumo ao Alaska, em um projeto de viagem nomeado como “Shurastey or Shuraigow”.

Estaria mentindo se dissesse que a morte dele não mexeu comigo, assim como com todas as pessoas que tiveram o privilégio de acompanhar essa história linda!

Durante os últimos dias, conversei muito sobre o Jesse com meus amigos e minha família, pois a viagem dele e seu estilo de vida sempre foi uma pauta recorrente em meus diálogos, e o fim desse sonho me deixou muito abalada. E uma questão que abordei com todos foi o fato de não entender e compreender a morte precoce de uma pessoa tão apaixonada pela vida, com valores que, de acordo com as minhas crenças, deveriam ser passadas para todas as pessoas.

Não me entenda mal, sou a favor de uma viagem com segurança. Mas a questão aqui não é discutir se o fusca tem ou não capacidade pra realizar uma viagem desse porte. Até por que, quem me conhece sabe que o fusquinha não é apenas meu carro preferido, como também é meu sonho de consumo.

O que quero trazer para meus leitores é que Jesse teve a coragem e a ousadia de REALIZAR o seu sonho. Ele não apenas viveu por isso durante anos, como também morreu por isso. Pode ser triste, mas também é poético e inspirador!

Quantos de nós guardamos nossos sonhos em uma caixa? Talvez o julgamos tão impossível de ser realizado, que não nos damos ao trabalho de sonha-lo! Ou talvez a correria do dia a dia e a rotina pesada não nos dê o tempo para sonhar com algo.

Há anos eu digo que quero viajar de motorhome aos 30 anos. No último ano, devido as crises de ansiedade que tive por conta do estresse que vivi, fizeram com que essa vontade aumentasse ainda mais. Me imaginar conhecendo coisas novas todos os dias, ressignificando minha vida e meus valores, aprendendo a viver com o mínimo, longe do consumo exacerbado e da vontade de POSSUIR que meus dias me provocam, e a liberdade de existir longe das expectativas alheias, me parece o que preciso para viver bem comigo mesma.

Jesse e Shurastey, assim como muitos outros aventureiros, são minha inspiração. Ele perdeu a vida fazendo o que ama, mas o fim para todos nós é a morte e, para mim, é um privilégio para poucos morrer fazendo aquilo que ama fazer.

Então, quero perguntar a você, leitor: Qual o valor do seu sonho? O que você faz para realizar seus sonhos? O que te falta para ir atrás do que você acredita que realmente te fará feliz?

Cada um leva consigo um padrão de vida que acha ser o ideal, mas se eu, aos 23 anos, puder te dar um conselho baseado em um desejo do meu coração, é: morra tendo a certeza de que viveu uma vida que vale a pena ser vivida!

E que Deus conforte o coração de todos aqueles que também estão tristes pela perda do Jesse e do Shurastey!


4 Comentários

  1. Nossa eu me emocionei! Que profundo! E de fato faz a gente repensar na vida e no nossos sonhos !

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    1. Fico muito feliz que você tenha gostado! Saiu do fundo do meu coração!

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  2. E esse foi um dos mais lindos dos seus textos! Parabéns

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