A realidade está sendo dolorosa. As minhas noites estão vazias porque eu estava acostumada com a sua presença e, às vezes, me pego perdida, sem saber o que fazer ou aonde ir.

Os lugares que frequento me passam a sensação de que algo não está certo, já que a minha rotina era você, e agora percorro por eles sozinha.

Mas, se eu fechar os meus olhos, posso apagar as luzes da cidade e voltar para o mundo que eu construí, onde somos apenas nós dois, em uma noite de frenesi delirante, jogados no sofá ou pegando um carro em direção às nossas aventuras noturnas.

Os dados da sorte nos dizem o caminho que devemos seguir. Nessas horas, não existem anjos ou demônios, apenas o nosso próprio julgamento do que vale a pena ou não.

E, mesmo todos me dizendo que você é um cara mau, eu os ignoro, pois eles acreditam no meu jeitinho de boa moça, mas não entendem que somos a dupla perfeita e que nenhum crime sem suspeitos é idealizado sozinho.

A dor vem quando abro meus olhos, acendo as luzes e volto para a realidade, onde estou sozinha novamente, procurando por aquela adrenalina que só você me causa.

Talvez seja a hora de abandonar a personalidade de jovens e imprudentes e fechar a garagem que guarda o nosso carro de fuga, já que ultrapassamos todos os limites.

Mas, diante de tudo isso, me pergunto: o que vai me tirar o fôlego agora? E como vou esconder essa cicatriz que a sua presença me deixou?

E posso afirmar que o que não me mata, me faz te querer ainda mais!

1 Comentários

  1. Parece letra de Olivia Rogério de tão perfeito que ficou esse texto

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