Te escrevi mais algumas linhas

E, dessa vez, o título não é um spoiler sobre o texto, porque, pela primeira vez, te escrevi um desabafo que não tive coragem (ou oportunidade) de te dizer. 

Passei anos da minha curta vida me sentindo insuficiente. Sempre me esforçando demais para ser validada. 

Me reprimi de todas as formas possíveis para caber dentro de um perfil do qual eu nunca senti orgulho de dizer que era o meu. 

Nunca me senti boa o suficiente para conquistar o que almejei, por conta de todas as coisas que ouvi das pessoas que me cercavam.

A sensação de ser um fardo era cômoda e eu já estava acostumada a conviver com ela. 

Até você chegar! 

De um jeito sutil, conquistando seu espaço a passos lentos e preenchendo uma lacuna que eu nem sabia que me fazia falta. 

Me fazendo entender que posso ser eu mesma e que a minha personalidade não me invalida. 

Que o meu jeito de menina-moça não me torna menos capaz de perseguir os meus sonhos e que a maturidade chega de diferentes formas. 

E que a liberdade e adrenalina que me fazem me sentir viva podem ser alcançadas em uma segunda-feira qualquer, sem culpa, sem medo e sem a sensação de que eu deveria estar trancada no meu quarto me sentindo entediada. 

Você chegou e me fez entender que sou quem eu deveria ser, e que se sentir confortável com realmente é, é a real sensação de liberdade!