Blog Papo de Amiga
  

     A adrenalina dos nossos encontros escondidos e a sensação de saber que, mesmo em segredo, você me tinha de um jeitinho que ninguém nunca teve. 

    As madrugadas trocando segredos e desabafos e o alvoroço que me causava quando dizia que nunca tinha contado nada daquilo para alguém.  

    O ciúme insano da brisa que te toca, do sol que te aquece, da água que corre pelo seu corpo e de todos que já assumiram publicamente que te amam. 

    O desespero de desejar te ter todos os instantes da minha vida e entender que eu nunca teria esse espaço. 

    O peso de saber que nada daquilo deveria acontecer e, mesmo tentando muito, não conseguindo dar fim a um sentimento que nunca deveria ter nascido. 

    A minha inconstância que te abalava, mas ainda assim, assistir você não desistindo de mim. 

    O vazio que me restou quando decidiu que eu já não valia mais a pena, apesar de eu ter abrido mão de todos os meus princípios pelas suas promessas. 

    Te observar atacando todas as feridas que, durante muito tempo, nos esforçamos para cicatrizá-las e saber que um band-aid de estrelas que me deu já não era capaz de estancar o sangramento de um coração tão machucado. 

    Você foi o meu crime preferido e todos os meus erros foram para ter você comigo e, talvez, meu maior pecado tenha sido me entregar demais.

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